Circulou no meio político a ideia de começar a cobrar o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para bicicletas. Mas, esse assunto dividiu opiniões entre ciclistas e especialistas em mobilidade.
O imposto é obrigatório para automóveis, motocicletas e outros veículos motorizados e a possibilidade de estender para as bicicletas levantou questionamentos a respeito do quão sustentável seria a medida.
O que motivou a possível cobrança para bicicletas foi o aumento do uso do modal como meio de transporte nos grandes centros urbanos do país. Com a popularização das bicicletas elétricas e convencionais, algumas autoridades argumentam que a ampliação da base de arrecadação do imposto poderia contribuir para investimentos em infraestrutura cicloviária.
Um outro potno foi o mercado de bicicletas de alto custo, o que fez com que legisladores fizessem uma comparação com carros de luxo como justificativa para equiparar a tributação.
Segundo a legislação vigente em 2025, o IPVA é um imposto estadual aplicado a veículos automotores, ou seja, aqueles que possuem motor próprio para locomoção. Bicicletas convencionais, por não serem motorizadas, não se enquadram nessa categoria.
Apesar das propostas em tramitação, até o momento não há uma lei federal que obrigue o pagamento de IPVA para bicicletas em todo o território nacional. Uma eventual implementação do IPVA para bicicletas geraria um custo direto para quem utiliza esse meio de transporte diariamente, afetando a população de baixa renda.
Além disso, a medida pode reduzir o incentivo ao uso de bicicletas, contrariando esforços de prefeituras e governos estaduais para promover alternativas ao transporte motorizado. Especialistas apontam que a tributação pode impactar a saúde pública e o meio ambiente, ao desestimular práticas sustentáveis e aumentar a dependência de veículos poluentes.